Tudo começou por volta do ano
1872 uma família de paraibanos, passando por juazeiro do norte, então, um humilde Vilarejo visitou o Padre
Cícero Romão Batista e lhe pediram uma bênção. Padre Cícero deu-lhes uma
orientação segura: ”vão para serra do Araripe e plantem feijão de pau (andu) e
mandioca”.
Os migrantes paraibanos vieram
passando toda sorte de necessidade com suas crianças e um Jumentinho. Vieram primeiro seus avós paternos, José
Rogério e Maria Rogério. Em seguida, Seus
avós maternos, Antônio Hermínio Sales e Maria Alexandrina Hermínio
Sales.
Chegando à serra da palmeira,
fizeram uma tapera, onde tinha acesso à água. Seu pai, Antônio Rogério da Silva,
e Ana Maria da Conceição casaram-se e passaram a morar na localidade, usando do seu sobrenome para dar nome a localidade como a serra do Rogério.
Aos dez de janeiro de 1925,
nasceu Cicero Rogério da Silva, nome de batismo que seus pais e seus avós lhe deram . Batizou-se em Juazeiro do Norte, indo ate lá de jegue, acompanhado por sua
mãe e duas amigas, uma delas chamada Maria Joana de Jesus. Foi afilhado do Padre
Cicero Romão Batista e sua madrinha foi uma Senhora, chamada Emília, que ali se encontrava para amadrinhar outra criança, pois era muito difícil animal
para transportar pessoas nesta época. Havia um único animal que era utilizado para
transportar os mantimentos. Pouco tempo depois, o Padre Cicero recebeu a
proibição de ministrar sacramento, por exemplo o Casamento e Batismo.
A jornada de trabalho de
Cicero Rogério da Silva começou muito cedo. Todos os dias fazia duas viagens em busca de água juntamente com seu irmão, eram tão pequenos que precisavam de ajuda para porém as ancoretas nas ancas
dos animais. Muitas vezes tentavam, realizar este penoso trabalho sozinhos.
Ao completar oito anos de
idade, Cícero Rogério da silva conseguiu comprar o seu primeiro par de
alpargatas com o seu próprio suor. Carregava
água do barreiro em dois baldes pra ganhar uns poucos trocados. Foi assim,
criado na extrema pobreza.
O trabalho de roça com seu pai
era de sol a sol. No intervalo do almoço ele não desperdiçava tempo. Comia
rápido e ia para sua própria rocinha.
Quando seu pai retornava, ele o acompanha para completar o penoso dia de
trabalho. Tinha tanta vontade de vencer que começou a negociar da seguinte forma. Comprava nos engenhos de
Tedaxo. João leal e senhor Mundíco as rapaduras grandes. Quando chegava em casa,
derretendo-as fazia várias rapadurinhas que vendia ali mesmo no Rogério.
Pois nem todo mundo tinha condição de comprar uma rapadura
grande.
Seu pai, Antônio Rogério da Silva, tinha uma casa de farinha, onde Cícero Rogério aprendeu a farinhar com as mandiocas do seu roçado. Ainda hoje existe uma pequena lembrança, em
miniatura, um fuso de prensar massa, que se encontra no seu antigo
estabelecimento comercial.
Alguns anos depois, ele
conseguiu montar o seu primeiro comercio. Ele foi o primeiro comerciante
da localidade. Nesta época só existiam três casas. A de Raimundo marinheiro, José
Alves Araújo, marido da famosa dona Glória a primeira parteira, e Antônio
Alves. Seus fregueses eram procedentes da
perua, brejo grande e das vizinhanças do Exu.
Neste período ele passou a sustentar também sua mãe e seus sete irmãos menores, Rogério da Silva, Maria Rogério da Silva, Maria Geralda da Silva, Antônio Rogério da Silva, Francisco Rogério da Silva, Elias Rogério da Silva, Bernadete Rogério da Silva.
Neste período ele passou a sustentar também sua mãe e seus sete irmãos menores, Rogério da Silva, Maria Rogério da Silva, Maria Geralda da Silva, Antônio Rogério da Silva, Francisco Rogério da Silva, Elias Rogério da Silva, Bernadete Rogério da Silva.
Foi nessa época que Cícero
Rogério da silva começou a fazer suas viagens ao Crato, onde fazia suas compras.
Acompanhado apenas pelo seu jegue muito prestativo. Assim, toda segunda-feira,
sempre andando a pé, foram cinco anos. Com o passar do tempo, houve grave
repercussão para a sua saúde, vindo a contrair
reumatismo.Seu maior problema de saúde foi o reumatismo
que durou mais de quarenta anos. Mesmo assim não foi a causa de sua morte. O que
lhe levou ao óbito foi um derrame cerebral aos oito de janeiro de 2003. Hoje, na rua santo Antônio esquina com a rua
São Pedro, sob o número 276, o Prédio a onde funcionava o seu ponto comercial ainda existe, ao lado de sua
residência, construída por volta de 1943, tendo passado por várias reformas,
desde a humilde edificação de taipa até o
consistente prédio de tijolos. A capela que naquela época era de Santo Antonio hoje tem como Padroeira nossa Senhora
da Conceição e passou recentemente em 2010 por reforma em suas instalações comandadas pelo então vereador Vicente Brilhante. A igreja do padroeiro Santo Antonio foi idealizada após uma
visita de frei Damião. Que pediu aos moradores que ao invés de ampliar
construísse outra instalação e assim foi feito. A construção do barrerão deu inicio por volta
de quarenta anos atrás, primeiramente de barro e depois com vinte anos foi que
fizeram de cimento, porque não segurava água. A luz era gerada através de um
motor a óleo que era ligado por volta das
seis da tarde e desligada por volta de dez da noite durante esse tempo era gasto
de 20 a 30 litros de óleo por noite. Os donos de barreiro quando chovia aproveitavam para venderem aos que eram mais pobres uma carrada de água que custava dois
mireis.
Em 14 de novembro de 1985 o povoado de "Rogério" recebeu o titulo de Distrito DOM LEME , nome este sugerido pelo "santo" peregrino Frei Damião que em visita ao povoado, pediu, que em nome do desenvolvimento e da prosperidade do lugar que a denominação "Rogério" fosse mudada.
Em 14 de novembro de 1985 o povoado de "Rogério" recebeu o titulo de Distrito DOM LEME , nome este sugerido pelo "santo" peregrino Frei Damião que em visita ao povoado, pediu, que em nome do desenvolvimento e da prosperidade do lugar que a denominação "Rogério" fosse mudada.
Nos anos 80 foi quando começou a chegar a água e energia no Dom
Leme. Atualmente o Distrito tem em torno de 700 casas, pontos comerciais do ramo de móveis, vestimentas, utensílios domésticos, produtos alimentícios, bares, lanchonetes, Farmácia, frigoríficos, oficinas mecânicas, padarias, oficinas metalúrgicas, depósitos de materiais de construção e Cyber . Conta também com um PSF, um Telecentro, uma Escola de Ensino Fundamental que recebe a Clientela de Cerca de 950 Alunos nos turnos manhã e tarde e durante a noite é usada como anexo para o Ensino Médio atendendo a 300 Alunos, possui antena de captação e distribuição de sinal de canal de TV, uma quadra poliesportiva, praças, sistema de abastecimento de água, posto do Correio, um mercado público e em breve o Distrito deverá contar com um posto de combustível e um posto de Autoatendimento bancário do Bradesco.
FAZ PARTE DA HISTÓRIA
Vizinho ao cruzeiro da capela de nossa senhora foi enterrado o primeiro filho de Antonio Garcia Alves Silva e Maria de Lordes Rogério da Silva.
No período da festa do padroeiro costumava ser acompanhado por tocadores de bandas cabaçais as 9 noites de novena. Onde hoje é a casa de dona Zuila, era antes um enorme salão que as pessoas reunião-se também para realizar festas e faziam brincadeiras para arrecadar dinheiro para a igreja. Uma destas brincadeiras era chamada de partidos ou cordões onde dois grupos rivais dividiam-se o grupo azul e o grupo encarnado a meta de cada grupo era conquistar o maior numero de pessoas para o seu partido e musicas eram criadas para aguçar a brincadeira numa espécie de provocação e desafio para o rival. Cada grupo saia puxando seu cordão nas ruas e cantando seu Hinos, de forma saudável a disputa era bastante acirrada.
Era também escolhida uma rainha e os homens que ofereciam mais dinheiro era quem tirava a
rainha do trono.
Tinha também a lapinha onde todas as moças da redondeza brincavam durante o mês de dezembro até 6 de janeiro dia de Reis homenegiando o nascimento do menino Jesus onde tradicionalmente a Casinha de palha feita para o menino Jesus era queimada no encerramento da lapinha, este mesmo grupo faziam barracas de bandeirinhas para ser feito os leilões.
Tinha também a lapinha onde todas as moças da redondeza brincavam durante o mês de dezembro até 6 de janeiro dia de Reis homenegiando o nascimento do menino Jesus onde tradicionalmente a Casinha de palha feita para o menino Jesus era queimada no encerramento da lapinha, este mesmo grupo faziam barracas de bandeirinhas para ser feito os leilões.
Muito bom.
ResponderExcluirLembro com enorme saudades daquelas noites de lapinha que lotavam o patio da igreja Nsra. da conceição.
ResponderExcluirParabéns para o autor do blog. É uma rara (se não a única) referência sobre a história do distrito na Internet.
ResponderExcluirOlá bom dia,Meu no é Valdemar N. Garcia e estou a procura de meus ancestrais que acredito que hoje ainda residem ai em Don Leme. Procuro especificamente primeiro por uma prima que se chama Maria Justino da Silva, e que segundo minha mãe reside na Rua São José - 99. O nome da minha mão é Auzenir Gonçalves Maia, ela hoje reside em Caruaru juntamente com miha irmã que se chama Geanne, foi ela que me falou dessa prima que temos em Don Leme. por sinal nenhum dos meus familiares de Dom Leme me conhece, visto que, quando eu nasci minha mãe me deu para adoção, eu mesmo só vim a conhece-la quando tinha meus 19 anos de idade hoje estou com 50 anos. Por favor se alguém puder me ajudar a descobrir o paradeiro de meus parentes ficaria muito agradecido. Vou deixar meu contato de watsap e email, meu contato pelo watsap é 087 99650-6037 e meu emai é valdemargarcia1@gmail.com - Obrigado a todos e muita paz em Jesus.
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